Ser Repórter é...

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terça-feira, 17 de abril de 2012

Podemos assediar os famosos?

Por Antônio Barros Jr.

Com 27 anos, confesso que demorei muito para “me encontrar profissionalmente” sabe? Fiz informática, passei por administração até perceber em casa (sim, minha irmã é formada em Marketing) que o meu forte seria estudar a comunicação.

Confesso que com uma experiência que se resume há poucos mais de 4 meses como repórter, ainda tenho atitudes de leitor. Fotos com famosos, guardo com carinho as credenciais e claro, faço sempre muita questão de registrar o momento (via face, twitter, ou forsquare), seja ele qual for. Confusão, tristesa, felicidade, porradaria enfim, independente do momento, fica guardadinho com muito amor.

Sendo assim, fui escalado pelo jornal que trabalho para cobrir no dia 31/03 o ACF – Amazon Forest Combat que teria além do mestre Murilo Bustamante o “busta”, outro grande lutar que admiro muito e o manacapuruense Ronys Torres. Os dois por sinal, saíram consagrados do octógono amazonense.

Para completar o evento de MMA, a produção do mesmo resolver trazer três ring grils de altíssimo nível (ou melhor BOOOOOMMM NIVEL): Nicole Bahls, Larissa Riquelme e Aryane Steinkof. Sou homem, a carne a fraca e não resisti. Tirei fotos com Aryane e a Nicole (quanta intimidade..). Afinal, a idéia é guardar os melhores momentos não?.

Conversando com um amigo repórter especializado em lutar no último sábado (07/04) fui taxativamente julgado de forma negativa. - Aquilo ali não pode acontecer. Ficar tirando foto com três mulheres que não fizeram nada pela nação além de só usar um biquininho fio dental. Pra que as fotos?”

Confesso que fiquei constrangido, mas, prontamente respondi:
-Ué. Elas são gostosas e aqui dificilmente veremos uma desse top.Não foi o suficiente para o nobre amigo.

- Mais isso não pode. Você ta se aproveitando de estar em uma área privilegiada para usufruir como fã.

Depois dessa fui para casa e pensei com muito atenção em tudo que ele falou. Cheguei a conclusão de que, desde que eu faça o meu trabalho, usufruir do “espaço privilegiado” da imprensa não faz de mim um repórter ruim. Pelo contrario. Faz de mim um bom profissional que faz os textos com coerência como os editores querem e que sabe a hora certa usufruir dos 4 anos de estudo (por mais que ainda faltem 1 ano emeio para se formar). Não?

TODOS OS TEXTOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS AUTORES, NÃO COINCIDINDO, NECESSARIAMENTE, COM O PONTO DE VISTA DO BLOG VIDA DE REPÓRTER.

sábado, 7 de abril de 2012

O Sindicato do Corote

Por Mônica Figueiredo

Quase dois anos depois, vamos voltar a atualizar o blog. Para isso, vou contar com a ajuda dos colegas jornalistas para mantermos o "Vida de Repórter" atualizado.

Como primeiro post de retorno, nesse dia que se comemorar o Dia do Jornalista, decidi escrever sobre o "Sindicato do Corote". Vocês sabem que sindicato é esse?

Todo repórter da Editoria de Cidades (principalmente) já teve ajuda algum dia de um grupo de pessoas (a maioria homem) que fica nas ruas dos bairros em frente aos bares, jogando conversa fora no horário que 90% da população Brasileira está fazendo o PIB girar. Ou seja, onde todo mundo está trabalhando e eles ali...

Então, integrantes desses grupos são sempre aqueles que sabem de tudo no bairro. Sabem onde fica a rua "Paraíso", o beco da "Saudade", onde a "criança foi atropelada" ou ainda "onde a mulher traiu o marido e foi assassinada por ele".

"Ta vendo aquela ladeira ali? Pois é, vai direto, vai, vai , vai, vai la na frente tu dobra a direita, pega a esquerda, aí é um casa amarela com um muro azul. É lá que o fulano morava. Mas ele fugiu ontem mesmo, após ter matado a mulher". (Assustador)

Em outras palavras como diria meu amigo fotógrafo Marcelo Cadilhe: o que seria da gente sem um vizinho fofoqueiro!

Outro dia, ou melhor, em dezembro do ano passado, ligaram pro jornal e disseram que tinha uma árvore lá na praça do bairro da Glória, Zona  Centro-Oste de Manaus, que tinha sido enfeitada para o Natal de uma maneira nada convencional.

Fui lá acompanhada das minhas colegas repórter Michele Freitas e a fotógrafa Ione Moreno. Chegando lá, tinha um grupo de 15 pessoas entre homens e mulheres sentados na grama, se embalando na rede, fumando um cigarrinho, enfim, estavam de boa.

Perguntei quem tinha feito aquela ornamentação tão original no Oitis da praça (tinha guarda-chuva, sapatos, chinelos, tudo que podemos imaginar com traços do Natal). Um homem respondeu: "Fomos nós do Sindicato do Corote". Eu ri.

Mas não era verdade? A parada era tão organizada que os bebuns da Glória se sindicalizaram. Apesar deles terem uma casa pra morar passavam 24h do dia ali, na beira da rua se socializando. Passei uns 20 minutos ali quase tendo um papo de surdo e mudo com eles.

Nem preciso dizer que a dona Ione fez sucesso e foi eleita a musa do Sindicato do Corote. Vai receber faixar e tudo mais! Alguns dias depois recebi uma cartinha do leitor do jornal que sempre enviar cartas aos repórteres. Ele me passou um lista com os Sindicatos do Corote da Zona Centro-Sul....

TODOS OS TEXTOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS AUTORES, NÃO COINCIDINDO, NECESSARIAMENTE, COM O PONTO DE VISTA DO BLOG VIDA DE REPÓRTER.